segunda-feira, 30 de junho de 2014

#4 - A BORBOLETA, Odylo Costa, Filho

De manhã bem cedo
uma borboleta
saiu do casulo.
Era parda e preta.

Foi beber ao açude.
Viu-se dentro da água.
E se achou tão feia
que morreu de mágoa.

Ela não sabia
-- boba! -- que Deus deu
para cada bicho
a cor que escolheu.

Um anjo a levou,
Deus ralhou com ela,
mas deu roupa nova
azul e amarela.

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