À noite para adormecer
O lobinho na floresta,
A mãe loba conta histórias
E outro dia contou esta
O Capuchinho Vermelho
Certo dia, indo só
Atravessou a floresta
P'ra ir visitar a avó
Entreteve-se a falar
Com uns bichos brincalhões
Apareceu um grande lobo
E viu-se em complicações
E a mãe loba terminou
A história já conhecida
Em que o lobo por ser mau
Com um tiro perde a vida
Assustadinho a valer
Diz que já não quer crescer
Deitadinho ao pé da mãe
É que o lobinho está bem.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
#20 ERA UMA VEZ..., Isabel Lamas
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
#19 - O CORVO, Jules Renard
-- Quê? quê? quê?...
-- Nada.
(versão de Jorge de Sena)
-- Nada.
(versão de Jorge de Sena)
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
#18 - LULLABY, Alfred Lord Tennyson
Passarinho pequenino,
que dizes tu, tão cedinho?
Quero voar, minha mãe,
quero voar deste ninho...
Passarinho, passarinho,
-- meu tontinho! --
Deixa as penas crescer bem,
logo no ar te sustém...
Bebèzinho pequenino,
que palras tu, tão cedinho?
Quero correr, minha mãe,
voar como o passarinho...
Bebèzinho, bebèzinho,
-- meu tontinho!
Dorme um pouco mais, meu bem...
Cedo voarás, também...
(versão: Luís Cardim)
que dizes tu, tão cedinho?
Quero voar, minha mãe,
quero voar deste ninho...
Passarinho, passarinho,
-- meu tontinho! --
Deixa as penas crescer bem,
logo no ar te sustém...
Bebèzinho pequenino,
que palras tu, tão cedinho?
Quero correr, minha mãe,
voar como o passarinho...
Bebèzinho, bebèzinho,
-- meu tontinho!
Dorme um pouco mais, meu bem...
Cedo voarás, também...
(versão: Luís Cardim)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
#17 - O PIRILAMPO, Jules Renard
Que se passa? Nove horas da noite, e há luz ainda em casa dele?
(versão de Jorge de Sena)
(versão de Jorge de Sena)
domingo, 25 de janeiro de 2015
#16 - REGIME ALIMENTAR, Teresa Guedes
Há animais herbívoros,
há plantas carnívoras
e há pessoas pagívoras.
Como...?! Como...?!
Comem de entrada um acepipe:
um livro fresco de poemas.
Depois como prato principal,
um dicionário bem recheado.
E, à sobremesa, um livro infantil ilustrado.
Este regime alimentar, à base de massa
folhada e paginada, é bastante salutar:
não há registo de pagívoros enfartados ou adoentados.
há plantas carnívoras
e há pessoas pagívoras.
Como...?! Como...?!
Comem de entrada um acepipe:
um livro fresco de poemas.
Depois como prato principal,
um dicionário bem recheado.
E, à sobremesa, um livro infantil ilustrado.
Este regime alimentar, à base de massa
folhada e paginada, é bastante salutar:
não há registo de pagívoros enfartados ou adoentados.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
#15 - (VERSOS A UMA CABRINHA QUE EU TIVE), Vitorino Nemésio
Com seu focinho húmido
Esta cabrinha colhe
Qualquer sinal de noite
De que a erva se molhe.
Daquela flor pendente
Pra que seu passo apela
Parece que a semente
É o badalinho dela.
Sua pelerina escura
Vela-a da noite sentida;
Tem cada pêlo uma gota,
Com passos, poeira, vida.
De silêncio, silvas, fome,
Compõe nos úberes cheios
Toda a razão do seu nome
E fruto de seus passeios.
Assim já marcha grave
Como os navios entrando,
Pesada dos pensamentos
Da sua vida suave.
E enfim, no puro penedo
De seus casquinhos tocado,
Está como o ovo e a ave:
Grande segredo
Equilibrado.
Esta cabrinha colhe
Qualquer sinal de noite
De que a erva se molhe.
Daquela flor pendente
Pra que seu passo apela
Parece que a semente
É o badalinho dela.
Sua pelerina escura
Vela-a da noite sentida;
Tem cada pêlo uma gota,
Com passos, poeira, vida.
De silêncio, silvas, fome,
Compõe nos úberes cheios
Toda a razão do seu nome
E fruto de seus passeios.
Assim já marcha grave
Como os navios entrando,
Pesada dos pensamentos
Da sua vida suave.
E enfim, no puro penedo
De seus casquinhos tocado,
Está como o ovo e a ave:
Grande segredo
Equilibrado.
Subscrever:
Mensagens (Atom)